"Escola sensibilizada é floresta protegida"

A experiência desenvolvida no ano lectivo anterior foi considerada muito positiva, pelo que se entendeu dar-lhe continuidade. Depois de ponderar devidamente diversas hipóteses, entendeu-se dar um novo lema ao projecto e desenvolvê-lo apenas na Região Centro com alunos do 3° ciclo do Ensino Básico (7°, 8° e 9° anos de escolaridade).

Esta transformação resultou tanto da inexistência de uma estrutura devidamente organizada, capaz de abarcar uma dimensão verdadeiramente nacional, como da aprovação da candidatura ao Programa Procentro (medida C1, do sub-programa C, do FEDER), que passou a reforçar substancialmente o apoio que a Comissão Nacional Especializada de Fogos Florestais (CNEFF) deu ao Prosepe neste triénio.

No entanto, era objectivo desta Comissão o desenvolvimento do projecto a nível nacional, pelo que, durante este período, se foram fazendo alguns ensaios com esse fim e que permitiram concretizá-lo no triénio seguinte.

1994/95 – Região Centro

Este ano corresponde a uma fase essencialmente de reestruturação, reorganização, afinação e consolidação do modelo testado no ano anterior.

Embora sem grandes novidades, o trabalho desenvolvido durante todo este ano foi fundamental para a criação das bases sólidas sobre as quais se edificaram e desenvolveram todas as actividades que o projecto veio a ter no futuro

1995/96 – Região Centro e distritos de Bragança e Vila Real

Neste ano lectivo o Prosepe prosseguiu com actividades semelhantes às desenvolvidas no ano anterior e, sob a denominação de “Acção de Sensibilização nas Escolas para a Prevenção de Incêndios Florestais” (ASEPIF), estendeu-se, a título experimental, também aos distritos de Bragança e Vila Real, tendo sido aí coordenado localmente pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, sob orientação da Universidade de Coimbra.

A temática deste ano centrou-se no ordenamento florestal, tendo-se recomendado o emprego de materiais existentes na floresta.


1996/97 – Regiões Norte e Centro e distritos de Leiria, Santarém e Portalegre

O terceiro ano deste ciclo coincidiu com uma verdadeira explosão, quer em termos de aumento da área de influência geográfica, quer de alargamento do público-alvo ao 2° ciclo do Ensino Básico (5° e 6° anos), correspondendo também à preparação da dimensão nacional que o projecto viria a ter no novo ciclo, iniciado no ano seguinte.

Neste ano lectivo foram introduzidas modificações significativas a nível de funcionamento do Prosepe, que lhe permitiram rejuvenescer no ano lectivo seguinte e de entre as quais destacamos: centralização da coordenação a nível nacional; criação dos Clubes da Floresta; separação clara entre acções realizadas a nível escolar/municipal, das acções de âmbito distrital/regional, e das acções efectuadas com carácter nacional.

Neste ano lectivo houve um grande esforço de promoção de jornadas distritais de prevenção de fogos florestais, as quais desempenharam um importante papel não só de sensibilização da população, mas também de divulgação do projecto, que muito terá contribuído para a dimensão nacional que veio a conquistar no ano seguinte.